sábado, 31 de agosto de 2013

Ooops! A balança avariou durante as férias... Faz-me lembrar aquela definição de que "calorias são uns bichinhos que à noite invadem os nossos armários e encolhem as nossas roupas".

Pois é, nas férias é mais fácil ganhar uns quantos gramas. Geralmente mexemo-nos menos, estamos mais descansados e abusamos um pouco dos petisquinhos e dos docinhos. 

Calma! Não é preciso ir a correr para o nutricionista ou para o ginásio. O início do ano letivo implica tanta coisa a fazer e a organizar que vem mesmo a calhar para ajudar a repôr o peso. É preciso dar uma volta no quarto dos mais novos que ao longo do ano letivo foram acumulando  tudo o que conseguem imaginar e o que nem vos passa pela cabeça, tirar os livros e cadernos do ano anterior para dar espaço aos novos, despejar as gavetas e os armários da roupa que já não serve, etc. 

Esta atividade física não estruturada que fazemos no dia a dia é muito importante. Subir e descer escadas em vez de ir de elevador, andar de um lado para o outro enquanto fala ao telemóvel em vez de ficar sentado, fazer pequenos trajetos a pé, ainda que demore mais um pouco, em vez de levar o carro, deixar o carro no ponto mais afastado do parque de estacionamento, sair uma paragem antes do metro ou autocarro, dar uma volta ao quarteirão depois do jantar em vez de ficar a fazer zapping no sofá, em suma, se puder mexer-se não fique parado. Todo este exercício físico espontâneo gasta energia e não é assim tão insignificante, pode chegar a 350 Kcal por dia, tanto como nadar durante 40 minutos. Simplesmente caminhar pode consumir 200 a 300 Kcal por hora, conforme o ritmo da marcha, por isso vamos "dar corda aos sapatos" para recuperar dos "desvarios" das férias.

Em relação à alimentação é necessário voltar a organizar as refeições e a cumprir horários, fazer sopa todos os dias, dar férias aos refrigerantes, dosear os docinhos e garantir que iniciamos mais um ano letivo bem afinadinhos
 
A natureza até dá uma ajuda, as hortas estão em pleno na produção de tomate, pimento e pepino e  são estes os ingredientes base de uma salada grega que constitui uma refeição completa mesmo adequada a um final de férias.
 
 
Salada grega (dose individual):
 
Colocar numa taça ou prato de sopa 2 tomates médios cortados aos bocados, 1/2 pepino parcialmente descascado cortado em meias rodelas, 1/2 pimento cortado em tiras fininhas e 1/2 cebola pequena cortada em rodelas finas. Adicionar 1/2 dúzia de azeitonas e colocar por cima duas fatias de queijo Fetta. Temperar com sal a gosto (eu não ponho sal), polvilhar com oregãos e regar com um fio de azeite extra virgem.
 
Para quem precise de um pouco mais de substrato pode acompanhar com uma fatia de pão, de preferência alentejano.
 
 

domingo, 25 de agosto de 2013

Quando a sede aperta não há nada que consiga saber melhor do que uma cervejinha "estupidamente gelada" como se diz cá em casa. Será esta a melhor opção? Não, não é! A melhor maneira de matar a sede e manter o nosso organismo devidamente hidratado é ingerir água, 1,5 a 3,0 litros diariamente. Além de ser isenta de calorias a água é necessária para o metabolismo, respiração, transpiração e eliminação de produtos tóxicos.

A pior das opções são as bebidas açucaradas. Além de transportarem grandes quantidades de calorias, têm um efeito saciante muito reduzido face às calorias que conferem o que leva a que sejam ingeridas em quantidades elevadas. Por outro lado, como são soluções bastante concentradas (bem docinhas) provocam sede levando ao consumo de um copo atrás de outro. Em suma, um ciclo vicioso.

As bebidas alcoólicas, em quantidades moderadas, parecem ter efeitos benéficos no coração e no sistema circulatório. No entanto, o álcool é simultaneamente um estimulante e um tóxico, a diferença reside na dose ingerida e na pessoa que o bebe. Crianças, adolescentes, grávidas e aleitantes estão totalmente proíbidas de ingerir qualquer quantidade de bebidas alcoólicas.

O valor calórico das bebidas alcoólicas deve-se ao álcool e ao açúcar que contêm (vinhos licorosos, licores, espumantes). De todas, a cerveja é a menos calórica pois não tem açúcar e tem apenas 5 a 6% de álcool, uma cerveja pequena fornece cerca de 60 Kcal.

Para os adultos saudáveis, uma e só uma "estupidamente gelada" acompanhada com tremoços pode ser um  bom pretexto para contemplar um pôr de sol de Verão. É que os tremoços são um excelente acompanhamento: pouco calóricos, altamente saciantes, cheios de fibra e boa proteína e pobres em gordura.



Para "matar" a sede sem moderação nem reservas o melhor é mesmo água, simples ou ligeiramente aromatizada como neste caso em que adicionei algumas rodelas de limão e umas folhas de hortelã.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

A revista "National Geographic" do mês de Agosto traz um artigo denominado "A irresistível atração do açúcar" que caracteriza muito bem a relação entre a espécia humana e o açúcar ao longo dos tempos. Foi a dica para este post, mas vale a pena ler todo o artigo.

O açúcar pode aparecer nos alimentos processados industrialmente mascarado de rias formas. As mais comuns são: sacarose, xarope de milho com frutose, dextrose, açúcar invertido e melaço. Todos estes produtos contêm glucose e frutose em proporções variáveis. A glucose é o alimento para todas as nossas células e desde que não seja consumida em excesso, o nosso organismo agradece. Já a frutose sofre um destino diferente. O nosso fígado transforma-a em gordura, armazenando uma parte e lançando na circulação sanguínea a que não consegue guardar. 

Como a frutose é a responsável pelo sabor doce, a partir da década de 70 tornou-se muito comum a adição de xarope de milho rico em frutose em substituição da sacarose: tem maior poder adoçante, é mais barato e mais fácil de obter. A frutose também está presente na natureza, em quantidades pequenas, nas frutas e alguns legumes. É para estas pequenas quantidades que o nosso organismo está preparado e não para as grandes doses presentes nos alimentos processados.

A política cá em casa é fazer sempre os doces. Assim sei o tipo de açúcar que uso (a sacarose que é o vulgar açúcar e que tem iguais quantidades de glucose e frutose) e a quantidade que adiciono. Confesso que às vezes exagero um pouco no corte do açúcar e fica algo que não é doce nem salgado.  Não é o caso deste bolo de iogurte, muito rápido de fazer e ótimo para saborear num lanche com sabor a férias.


Bolo de iogurte:

(1 medida = 1 copo de iogurte)
2,5 medidas de açúcar; 4 ovos; 1 medida de óleo; 1 iogurte natural; 3 medidas de farinha; 2 colh. chá de fermento

Bater muito bem os ovos inteiros com o açúcar. Adicionar o iogurte, o óleo e misturar bem. Acrescentar a farinha e o fermento e misturar o suficiente para não ficarem grumos de farinha. Nos bolos a farinha deve ser apenas misturada a não se deve bater o bolo após a adição da farinha. Colocar a massa num tabuleiro retangular previamente untado ou numa forma de buraco conforme quiser um bolo à fatia ou em cubos. Levar ao forno a 150ºC durante cerca de 1 hora ou até estar dourado e o palito sair seco.

O resultado é:


 ou